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CDL Cuiabá cobra ações emergenciais no Centro Histórico

Infraestrutura pública e segurança são as principais exigências que moradores e empresários apresentaram ontem (14) para a subprefeita do Centro Histórico da capital, Andrea Barros. Recém-empossada, ela participou de reunião com cerca de 20 representantes do movimento “Amigos do Centro Histórico” em uma mobilização da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá).

O encontro, provocado pela entidade, teve objetivo de criar um fórum de diálogo direto entre a representante do poder público municipal e pessoas que, diariamente, vivem e investem na mais antiga área de Cuiabá. Além da subprefeita, participaram o vereador Rafael Ranalli, o superintendente de Preservação do Patrimônio Histórico e Museológico da Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer (Secel), Robinson de Carvalho Araújo, e o secretário municipal de Obras de Cuiabá, Reginaldo Teixeira.

No início da reunião, o presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam, apresentou reivindicações relativas ao centro histórico. Esses itens fazem parte de um conjunto de mais de 30 medidas sugeridas ainda em 2024 durante a campanha municipal para os então candidatos a prefeito de Cuiabá. A pauta foi apresentada e formalizada para o atual prefeito, Abílio Brunini.

Participante ativo do movimento “Amigos do Centro Histórico”, Macagnam alertou que é preciso avançar nas tratativas. “Agora que temos, pela primeira vez na história, uma subprefeitura específica, precisamos de prazos e ações. Quando o assunto é o centro histórico, muitos de nós estamos desacreditados do poder público”, pontuou o presidente da CDL Cuiabá.

Além da efetiva implementação do Plano de Gestão para o Centro Histórico de Cuiabá, elaborado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o presidente defendeu outras medidas urgentes. Entre elas, um plano emergencial para a segurança e para a limpeza das ruas e a melhoria na iluminação pública. “Nosso propósito é articular forças para transformarmos Cuiabá na melhor cidade para empreendermos e morarmos. Por isso, precisamos cobrar o que cabe ao poder público”, argumentou.

A subprefeita Andrea Barros recebeu as reivindicações de forma positiva. “Foi muito proveitoso. Agradeço à CDL Cuiabá por ter aberto esse espaço para que eu me apresentasse para todos. Criamos um ambiente de união e parceria, e é disso que a cidade precisa. Não sou especialista na área, mas sou apaixonada pelo nosso centro histórico e vou fazer o possível e o impossível para reconstruí-lo. Espero que na próxima reunião possamos falar não do que vai ser feito, mas do que já foi realizado”, afirmou ela.

As propostas e demandas surgidas na reunião estão sendo levantadas pela subprefeitura para a consolidação de uma pauta de prioridades. Alguns dos pleitos foram acatados pelo vereador Rafael Ranalli, que se comprometeu a buscar ações emergenciais. “Tenho uma história pessoal com o centro histórico e estou junto nesse movimento para cobrarmos do prefeito soluções rápidas”, disse.

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Prevenir riscos psicossociais se torna obrigatório e maio com ‘nova’ NR-1

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá) realizou nesta terça (15/04) um encontro para orientar empresários e profissionais do setor de Recursos Humanos sobre a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1). A partir de 25 de maio, as empresas terão que identificar, avaliar e gerenciais riscos psicossociais no ambiente de trabalho.

Até então, cabia ao trabalhador comprovar que uma doença mental foi causada pelo ambiente laboral, explica o médico do trabalho Neimar de Souza, um dos palestrantes do evento. “Agora, o chamado ‘ônus da prova’ está invertido. As empresas precisam se preparar para comprovar que os sintomas não estão ligados ao trabalho”, pontuou o médico.

A nova exigência da NR-1 surgiu como ação preventiva ao aumento de estresse, assédio e sobrecarga de trabalho no ambiente profissional. “A NR-1 é a base da política de segurança do trabalho. Trazer essa discussão aos empresários é nosso dever, para que todos estejam preparados para as mudanças que impactam diretamente a gestão das pessoas”, explicou o superintendente da CDL Cuiabá, Marcelo Carrijo.

“Foi um evento fantástico”, afirmou Cláudia Gomes, terapeuta e gestora empresarial. “Precisamos de novos encontros para aprofundar o tema. Saio com muitas dúvidas respondidas, mas também com novas perguntas”. Edival Carinhena, gestor de RH de uma empresa de ar-condicionado, concorda. “Temos muitas mudanças a fazer. Foi esclarecedor, mas temos muito dever de casa pela frente”.

Rejane Costa, gestora em saúde ocupacional, explica que a ‘nova’ NR-1 exige uma mudança cultural dentro das empresas. “É preciso revisar processos, mapear riscos e estabelecer metodologias específicas para o novo cenário. E isso não se faz da noite para o dia”, alertou.

A nova exigência foi definida pela Portaria MTE nº 1.419 de 2024 e deve ser cumprida por todas as empresas que têm colaboradores com carteira de trabalho no regime CLT. Microempreendedores individuais (MEIs) estão isentos, e empresas de baixo risco podem ser dispensadas da obrigatoriedade conforme critérios legais. No entanto, a maioria precisará se adaptar, documentando ações e treinamentos e adotando medidas preventivas.

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Número de endividados aumenta 2,57% em março

Em março, o número de inadimplentes em Mato Grosso aumentou 2,57% em relação a fevereiro, informa o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Agora, são 1,224 milhão de pessoas com cadastro negativo – o que corresponde a 46,95% da população mato-grossense.

Atento à inadimplência no estado, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), Júnior Macagnam, explica porque os dados intensificam o sinal de alerta. “Manter o acesso ao crédito é uma questão de cidadania, por isso esses números mostram que as famílias mato-grossenses estão se superendividando”, argumentou.

Em relação a março de 2024, a inadimplência aumentou 1,4% no estado, seguindo a tendência de alta tanto no Centro-Oeste (+7,33%) quanto no Brasil (+3,89%). Mas na análise mensal, o aumento de 2,57% de fevereiro para março em Mato Grosso ficou acima da média regional (+1,73%) e nacional (+1,54%).

As dívidas junto ao comércio diminuíram -2,33% no mês de março e totalizam um decréscimo de -7,98% na análise que compara março de 2025 com março de 2024. O setor bancário respondeu por 50,96% do endividamento no mês, seguido por comércio (23,87%) e água e luz (12,08%).

No total, os mato-grossenses têm 2,759 milhões de contas não pagas atualmente. Em média, cada consumidor com cadastro negativo no SPC Brasil no estado tem cerca de R$ 5,2 mil de dívida. Na soma de todos os inadimplentes, o valor devido é de R$ 6,375 bilhões.

“É importante lembrar que os consumidores podem e devem buscar as empresas para tentar renegociar”, observou Macagnam.

Os dados do SPC Brasil mostram que 53,68% dos inadimplentes cadastrados em Mato Grosso são do gênero masculino. A idade média é de 43,5 anos, predominando a faixa etária que vai de 30 a 49 anos (48,89%).

Renegociação. Além de aproveitar ações de renegociação do comércio, o consumidor com cadastro negativo pode buscar a própria CDL Cuiabá, uma das acionistas do SPC Brasil, para renegociar a dívida. Além disso, pelo aplicativo “SPC Consumidor”, é possível verificar a situação financeira e buscar alternativas de renegociação. No portal www.meubolsofeliz.com.br, há conteúdo informativo sobre educação financeira e recursos para ajudar quem está com dificuldades no orçamento.

CDL Cuiabá. Com 51 anos de história, a CDL Cuiabá reúne aproximadamente 10 mil empresas associadas e visa unir forças para transformar Cuiabá no melhor lugar para empreender e morar. A entidade também ajuda empresários a economizarem em contas de energia e telefonia, a garantirem mais segurança em transações on-line e oferta soluções para concessão e retomada de crédito com o SPC Brasil.