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MT se destaca no mercado de empregos formais em janeiro

Baixa disponibilidade de mão de obra, no entanto, pode ser um desafio para empresas que chegam a Mato Grosso

O ano de 2025 começou com Mato Grosso novamente sendo destaque na geração de empregos formais no Brasil. No primeiro mês do ano, o saldo entre admissões e demissões foi de 19.507 novos empregos – o que significou 2% de aumento em relação a dezembro de 2024. Foi o maior crescimento registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

As atividades ligadas ao agro lideraram o ranking do emprego formal, com um saldo de 12.094 vagas. Sorriso, município com maior produção agropecuária do estado, foi o campeão no saldo de empregos (1.469). Em seguida, vem Barra do Garças (1.218 vagas), Lucas do Rio Verde (1.020 vagas), Rondonópolis (983 vagas), Sinop (965 vagas) e Primavera do Leste (931 vagas).

O bom ritmo na geração de empregos formais no estado, no entanto, gera um desafio para empresas que ampliam as atividades ou os investimentos em Mato Grosso. É o caso da Haacke Empreendimentos, que chegou em 2020 em Mato Grosso e está expandido suas equipes locais. Com cinco empreendimentos em curso nas cidades de Sinop, Sorriso e Primavera do Leste, a construtora catarinense prevê gerar 1.500 novas vagas nos próximos dois anos, direta e indiretamente.

Dialog - Hermes Tomedi Diretor Geral

Hermes Tomedi, diretor geral da Haacke Empreendimentos

Desde janeiro, a Haacke está estruturando seus escritórios regionais nas três cidades mato-grossenses, e o processo de contratação está à toda. “Já temos um comando de engenharia local que coordena os times. Agora, estamos captando profissionais nas outras áreas”, afirmou o diretor geral da empresa, Hermes Tomedi.

A Haacke está investindo R$ 650 milhões em Mato Grosso para construir edifícios residenciais e comerciais de alto padrão. Ao todo, serão 273 unidades residenciais e 232 comerciais, que vão totalizar 129.857,63 metros quadrados (m²) de área construída.

“Temos consciência desse déficit de mão de obra, pois é uma realidade que vivemos também em Santa Catarina. Por isso, estamos levando para Mato Grosso algumas iniciativas que deram certo”, revela Tomedi. Uma delas é firmar parcerias locais para ofertar cursos de qualificação especializados em atividades da construção civil.

A outra iniciativa que já está em curso nos canteiros de obras no estado é o programa de controle de qualidade. “É uma experiência que desenvolvemos há cerca de 15 anos com bons resultados. É uma gestão mais atenta, em que revisamos os nossos processos e mostramos, na prática, a preocupação com o ambiente de trabalho. Isso ajuda a manter os profissionais conosco, pois eles atestam o quanto investimos no seu bem-estar”, explica o diretor geral.

O setor de construção civil respondeu por 10,5% do saldo de novos empregos em janeiro de 2025 em Mato Grosso, com 1.252 vagas.

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