O Sementes do Futuro é um programa que oferece contraturno escolar para filhos e filhas de colaboradores que vivem nas fazendas da empresa
Para a criançada, morar na área rural tem muita coisa boa, como viver livre, brincar sem os perigos da cidade, estar em contato com a natureza, mas é também verdade que o acesso a algumas atividades fica distante.
A fazenda Colorado está a cerca de 100 quilômetros das cidades da região Oeste de Mato Grosso. “Sabemos a importância de oferecer algo a mais para os filhos dos nossos colaboradores, ainda mais com essas distâncias que não permitem que os pais os levem para atividades na área urbana. Por isso, o Sementes do Futuro é um diferencial na vida de cada uma delas”, conta Rosimeire Silva dos Santos, embaixadora do programa na fazenda.
Sementes do Futuro é um programa da Bom Futuro que oferece atividades no contraturno escolar – aulas de inglês, música, esportes, teatro, entre outros, distribuição de material escolar no início de cada ano letivo e conscientização sobre meio ambiente e reciclagem.
São mais de 620 crianças e adolescentes atendidos pelo programa e, para planejar as melhores atividades para a educação e a qualidade de vida nas fazendas é que colaboradores e professores participaram na sexta-feira (18.02) da 2ª Semana Pedagógica Sementes do Futuro.
De acordo com o Diretor Administrativo e Serviços Compartilhados da Bom Futuro, Leonardo Rossato, o programa é uma oportunidade de atividades lúdicas e educacionais sem sair das fazendas.
“As crianças atualmente gostam muito de atividades tecnológicas, celular e computadores, estão emparedadas. Com o Sementes do Futuro, elas têm atividades diferentes, reforço escolar e oportunidade de convivência com outras crianças fora de casa”, afirmou.
O teatro é uma das atividades oferecidas pelo Sementes do Futuro. Charles Pierre Salomé Junior, professor nas fazendas Colibri e Filadélfia, em Campo Verde, enfatizou a evolução das crianças que participam do programa.
“Eu gosto de ver a evolução delas na leitura, na postura, na dicção, na projeção de voz. Isso impacta no futuro delas, em uma entrevista de emprego, em como se portar na empresa, no senso de coletividade – porque para fazer teatro é preciso entender o processo do colega, um personagem depende do outro”, explicou.
O professor Leonardo Willers Lorenzatto é o coordenador de esportes do Sementes do Futuro e trabalha diariamente para ver estampada alegria no rosto da criançada. “Eu abdiquei da carreira em serviço público por acreditar neste programa. Para as crianças do interior é fundamental ter acesso a estas modalidades, pois assim podem ter os mesmos benefícios das crianças da cidade”, disse.
O Sementes do Futuro tem a gestão centralizada na sede da Bom Futuro, em Cuiabá, e nas unidades produtivas tem embaixadores, colaboradores voluntários que têm a missão de engajar as famílias na adesão ao programa, os coordenadores, elo entre o campo e a sede, e os professores, que são os que aplicam na prática as atividades.
O gerente de Recursos Humanos da Bom Futuro, Tiago Goecks, explicou que a empresa reconhece a importância e o tamanho deste programa e investe recursos para melhora-lo a cada ano. Desde 2021, o Sementes do Futuro tem o aporte financeiro do Separô, programa de gestão de resíduos da empresa.
Para a gestora do projeto, Alessandra Capelli, o momento de reunião dos profissionais é fundamental para dar andamento de forma organizada e sustentável ao Sementes do Futuro. “É um trabalho grandioso o que o Sementes do Futuro está realizando, são mais de 600 crianças e adolescentes espalhados em diversas fazendas de Mato Grosso”, afirmou.
A especialista de projetos sociais, Ana Elisa Lucialdo, disse que o dia foi dedicado a sistematizar processos, a governança e levar aos colaboradores e voluntários palestras que melhorem a atuação junto ao público infantil das fazendas. “Estamos crescendo a cada ano, com a adesão de mais crianças e adolescentes e novas atividades. Queremos que tudo seja feito para que os benefícios cheguem a todos de nossas unidades produtivas”.
A embaixadora da fazenda Cocal, em Canarana, Nádia Schwanke dos Santos, é outra apaixonada pelo programa. Tanto que, desde que iniciou o trabalho voluntário, conseguiu viabilizar a construção de uma escola – o Centro de Ensino Luzia Maggi Scheffer, na fazenda Mamose, localizada em Campos de Júlio, quando ainda vivia naquela localidade.
PROGRAMA – O programa Sementes do Futuro foi lançado em 2017 e, atualmente, atende 620 crianças em 31 unidades da Bom Futuro. São crianças e adolescentes de 4 a 16 anos beneficiadas com atividades no contraturno escolar, como aulas de reforço (Cantinho do Saber), inglês, música, teatro, esporte e informática.
Os participantes devem estar frequentando a escola e, no Sementes do Futuro, precisam ter 70% de frequência nas atividades durante o ano. A equipe gestora do programa faz duas visitas diagnósticas por ano para verificar o andamento dos projetos.