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Quase metade das mulheres de MT não fazem exames ginecológicos de rotina

O acompanhamento ginecológico pode beneficiar mulheres de todas as idades

Cerca de 47% das mato-grossenses não fazem os exames ginecológicos de rotina, conforme pesquisa da varejista de medicamentos voltados à fertilidade, Famivita, elaborada em 2023. Segundo a médica ginecologista do Hospital Santa Rosa (HSR), Jessica Vitorino, o acompanhamento é essencial para prevenir inúmeras patologias, incluindo diversos tipos de câncer como o de colo de útero, de mama e no endométrio.

Para a empresária Gabriela Dal Mas, de 33 anos, ficar sem acompanhamento ginecológico nunca foi uma opção. Ela conta que introduziu a ginecologista na agenda aos 17 anos e, desde então, mantém com regularidade as visitas ao consultório.

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Gabriela Dal Mas, 33 anos, empresária.

“Para mim, manter a constância do acompanhamento é uma questão de amor próprio e autocuidado”, diz.

A ginecologista Jessica Vitorino explica que, para cada faixa-etária, são adotados diferentes protocolos de atendimento. No entanto, os exames indispensáveis são, em linhas gerais, a mamografia, a ultrassom de mamas, o exame preventivo – também conhecido como Papanicolau – e exames laboratoriais de rotina.

Se realizados a cada um ano, os exames aumentam as chances da paciente ter um diagnóstico precoce e, consequentemente, ter um tratamento com maiores chances de sucesso.

Por outro lado, a prevenção de diversas doenças não é a única vantagem das consultas regulares com médicos ginecologistas. Para Jessica Vitorino, a frequência permite que as pacientes estabeleçam uma relação de confiança com os médicos.

“Se você tem uma boa relação com seu médico, você tem uma tranquilidade maior em momentos importantes como numa tentativa de gravidez, na gestação e no pós-parto. A paciente também cria mais liberdade para tirar dúvidas. O médico pode escutar a paciente de forma adequada e isso é essencial para chegarmos a um diagnóstico mais preciso. Não é só olhar exames”, assevera a médica.

Segundo ela, a relação médico-paciente se beneficia das interações no consultório e da frequência regular das consultas. “Nada de olhar exame pelo WhatsApp”, brinca.

Como paciente, Gabriela Dal Mas pontua que relação de confiança com o médico é “primordial”.

“É igual casamento ou até mais que isso… É uma relação muito íntima! No consultório são tratados assuntos e particularidades que as vezes só a própria médica sabe e mais ninguém”, comenta.

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Jessica Vitorino, ginecologista do Hospital Santa Rosa.

PARA TODAS AS IDADES — A ginecologista do Hospital Santa Rosa (HSR) destaca que não são só as tentantes, gestantes ou puérperas que se beneficiam do acompanhamento ginecológico.

De acordo com a pesquisa da Famivita, em todo Brasil, as jovens de 18 anos a 24 anos são as que menos aderem aos exames de rotina.

Nessa fase da vida, a ginecologista Jessica Vitorino aponta que surgem muitas dúvidas relacionadas às mudanças do corpo, ciclo menstrual e sexualidade. Todas elas, conforme a médica, podem ser tratadas no consultório.

“As vezes também temos pacientes que estão ali no climatério, perto da menopausa, que tem vários sintomas que acham que tem a ver com o casamento, com os filhos e as vezes é só uma queda hormonal e com o tratamento adequado, conseguimos melhorar a qualidade de vida”, acrescenta.

Na terceira idade, as pacientes mais velhas também encontram no consultório um lugar seguro para discutir a vida sexual, o passado clínico e para se prevenir das doenças ginecológicas.

SOBRE A PESQUISA — Estudo teve abrangência nacional com dados coletados entre 19 de dezembro de 2022 e 02 de janeiro de 2023. Ao todo, 2.100 mulheres participaram pela internet. Para efeitos de comparar os resultados entre regiões e estados, as respostas das perguntas afirmativas foram contabilizadas em números, um para “sim” e zero para “não”.

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