Nesta terça (26.04), é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. Médico do Hospital Santa Rosa destaca importância da prevenção, controle e alerta para os perigos da doença.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% dos brasileiros sofrem de pressão alta. Nesta terça (26.04), é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial e o médico cardiologista do Hospital Santa Rosa, Leandro Mandaloufas, alerta para os perigos da doença, fatores de risco e importância do diagnóstico preventivo.
De maneira resumida, o coração faz com que o sangue circule pelas artérias e chegue a todos os tecidos e órgãos do nosso corpo. Quando o sangue é bombeado, ele é ’empurrado’ contra a parede dos vasos sanguíneos. E essa ‘força’ gerada na parede das artérias é denominada pressão arterial.
A diretriz mais recente da Sociedade Brasileira de Cardiologia considera a pressão ótima menor que 120 x 80 mmhg. Uma pessoa pode ser considerada hipertensa quando sua pressão arterial aferida dentro do consultório fica maior ou igual a 140 x 90 mmhg, ou 14×9, em pelo menos duas aferições em momentos diferentes e condições adequadas.
Segundo o cardiologista, a doença tem predominância maior entre homens e em pessoas idosas. “Na população acima de 70 anos, a prevalência é de 70%”, explica. No entanto, o especialista ressalta que ela também acomete mulheres, jovens e até crianças.
Apesar de afetar grande parte da população, a hipertensão é uma doença traiçoeira, pois pode apresentar ou não sintomas. “Essa é a nossa maior preocupação. A doença pode ficar mascarada e quando é descoberta já possui lesões em órgãos alvos, como coração, cérebro”, alerta Leandro. Algumas pessoas podem apresentar sintomas, como dores de cabeça, náuseas ou tonturas.
O médico explica que uma consulta anual de rotina com o cardiologista pode auxiliar no diagnóstico e indicação do tratamento adequado para o paciente.
“Além disso, na consulta, o médico analisa fatores que podem aumentar as chances da pessoa apresentar hipertensão, como obesidade, consumo de sal, álcool, sedentarismo, fatores genéticos. Podemos pedir exames laboratoriais, de imagem, a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (o ‘Mapa’), que é um aparelho instalado no paciente e que monitora a pressão por 24 horas, entre outros”, explica o cardiologista.
Entre os riscos que a hipertensão causa estão insuficiência cardíaca, aterosclerose, que pode levar a um infarto, arritmias, morte súbita, demência, acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, comprometimento renal e outros.
Prevenção e Tratamento
A hipertensão não tem cura, mas com algumas medidas é possível a prevenção e controle da doença. Adotar um estilo de vida saudável, com a prática de exercícios, reduzir o consumo de sal, não fumar, moderar o consumo de álcool, ter uma alimentação balanceada. Aliado a isso, o tratamento pode incluir o uso de medicamentos para controle da pressão.