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Cresce número de crianças doentes com chegada do frio

De janeiro até março deste ano, o movimento no pronto atendimento infantil do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, aumentou mais de 200%. Foram atendidos 5.121 casos no primeiro trimestre de 2022. Apenas em março, foram realizados cerca de 2,3 mil atendimentos, quase o dobro da média mensal.

Dialog - Dra Paula Bumlai

Pediatra e neonatologista, coordenadora da linha materno infantil do Santa Rosa, Paula Bumai.

De acordo com a coordenadora da linha materno-infantil do Santa Rosa, Paula Bumlai, alguns fatores influenciaram nesse crescimento. “Com o retorno das atividades sociais e a volta das aulas presenciais nas escolas, há maior circulação de pessoas e também de vírus e bactérias, o que amplia o risco de contaminação dos pequenos”, explica. Além disso, com a pandemia houve uma queda abrupta no movimento no pronto atendimento infantil. “O isolamento social manteve as famílias em casa e proporcionalmente as crianças foram menos contaminadas pela Covid-19, adoecendo menos que os adultos”, contextualiza Paula.

Além disso, nesta época do ano tradicionalmente há aumento nos pacientes pediátricos. “Historicamente, temos um número maior de consultas e internações de março a junho, pois são meses mais frescos e com maior circulação de vírus respiratórios”, afirma o coordenador do pronto atendimento infantil do Hospital Santa Rosa, Douglas Magalhães.

O pediatra explica que neste período aumenta a presença de vírus causadores de doenças respiratórias, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o influenza. “A baixa temperatura diminui a proteção natural das vias respiratórias das crianças. Além disso, ambientes fechados e sem ventilação aumentam as chances de contágio”, ressalta Douglas.

Casos mais comuns e tratamento

Entre as principais doenças de inverno estão gripe, bronquite, bronquiolite (inflamação nos bronquíolos), otites (infecções no ouvido), laringite e pneumonia. Douglas esclarece que o mesmo vírus pode se manifestar de diferentes formas nos pacientes. “Os sintomas mais comuns são tosse seca ou com secreção, coriza, congestão nasal e febre. Dependendo da criança, o padrão respiratório pode ser alterado e surgir falta de ar, deixando-a mais ofegante”.

Sobre a febre, o pediatra reforça que a correta aferição deve ser feita com termômetro digital, na axila, e começa em 37,8ºC.

Na maioria dos casos, o tratamento inclui o uso de remédios antitérmicos, lavagem nasal, hidratação, inalação com soro para umidificar a via área e alimentação balanceada. “No caso de crianças com algum histórico de doenças pré-existentes, como asma, ou que façam uso de medicamentos rotineiros, o acompanhamento da doença é importante. Senão, pode evoluir para quadros que necessitem de internamento. As viroses também são porta de entrada para outras doenças bacterianas”, explica o médico.

Prevenção

O pediatra do Santa Rosa recomenda alguns cuidados básicos para ajudar na proteção das crianças contra as viroses:

  • Manter ambientes ventilados;
  • Ingerir líquidos;
  • Alimentar-se de forma balanceada e diversificada;
  • Evitar aglomerações;
  • Usar máscara (quem estiver com sintomas);
  • Vacinar contra a gripe.

Douglas Magalhães lembra que crianças menores de dois anos não devem usar máscara, mesmo com tosse.

Pronto atendimento Infantil

No Hospital Santa Rosa, o pronto atendimento infantil funciona 24 horas, de segunda a segunda. Existe uma equipe médica com pediatras, recepção separada, além de estrutura de internação hospitalar com 13 leitos de UTI e apartamentos em setores específicos do hospital.

Assista ao vídeo com as orientações do médico

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