A colheita de algodão começou nos mais de 167,3 mil hectares cultivados nas unidades da Bom Futuro, em Mato Grosso. Para reforçar o time de colaboradores, a empresa contrata novos profissionais anualmente, gerando cerca de 1 mil vagas de emprego para o período da safra.
“A colheita e o beneficiamento demandam mais operações no segundo semestre do ano e, por isso, admitimos estes safristas por meio de contrato determinado de trabalho de seis meses”, explica Tiago Goecks, gerente de Recursos Humanos da Bom Futuro.
Os alagoanos Antônio Nunes dos Santos, 55 anos, e José Valdemir Bernardino dos Santos, 46 anos, já estão há mais de uma década trabalhando como safristas na Bom Futuro. Para eles, o trabalho vale a pena porque os salários são atrativos, há alojamento e alimentação, e no restante do ano voltam para suas casas no estado de origem.
“Não é fácil ficar longe da família, mas precisamos trabalhar. Aqui, além do salário ser bom, somos bem recebidos”, diz Antônio, que há 13 anos vem para Campo Verde trabalhar na safra de algodão.
Ele conta que já trabalhou por muitos anos no litoral de São Paulo e, em 2010, antes de voltar para Alagoas, decidiu tentar a sorte em Campo Verde. “Meu irmão trabalhava na Bom Futuro e conseguiu esta vaga para mim e estou aqui até hoje”.
Já para José Valdemir, o destino deu um empurrão para chegar na Bom Futuro, onde trabalha como safrista há dez anos. Ele trabalhava em Campo Novo do Parecis, mas saiu do emprego e decidiu tentar sorte em Campo Verde.
“Estava na cidade há quatro dias, sem encontrar nada, quase sem dinheiro e resolvi voltar para Alagoas. Na rodoviária, o moço que vendia passagem começou a conversar comigo, contei minha história e ele me indicou para a vaga na empresa”, lembra.
Ele nunca pensou em fixar residência em Campo Verde porque acha o custo de vida caro. “Eu trabalho na safra e volto para Alagoas. Lá faço alguns trabalhos pagos por semana, mas nada fixo, só para não ficar parado. Eu gosto de vir para cá todos os anos, somos muito bem recebidos”, afirma.
O gerente de RH, Tiago Goecks, explica que são perfis diferentes de profissionais que vêm para a Bom Futuro na safra. “Para a colheita do milho, do algodão e beneficiamento, são pessoas da região Nordeste, de estados como Alagoas, Maranhão, Piauí. Já para a colheita de soja, que inicia no começo do ano, são mais mil contratações, mas de pessoas do Sul do Brasil e os contratos são de cerca de 60 dias”, diz.
Crédito fotos: Divulgação Grupo Bom Futuro